- Você me acha engraçada?
A pergunta ecoou por todo o quarto. O fato é que as 7 da manhã ninguém é engraçado (a), nem com as coxas cheias de amoras. Sentada no parapeito da janela, expremia as amoras no peito e deixava seu suco correr pela barriga, contornar o umbigo e acumular por entre as coxas. Fazia o percurso das amoras expremidas com os olhos e mentalmente com a língua por todo o corpo dela, e a última coisa que conseguia pensar é que ela era engraçada.
- Acho você mórbida.