Friday, October 17, 2008

São se já foi.

São 16 horas. São 38 horas. São 2 horas.
Tem sol. Tem comida. Acabou a comida, joga o lençol. Toma um banho.
São 54 horas. São 7 horas.
Tenho uma arma. Tenho uma namorada. Tenho amigos, não tenho mais amigos.
São 90 horas. São 13 horas. São nove e meia da noite.
Dorme um pouco. Já já tem comida. Eu te amo.
São 3 horas. São 76 horas. São já não sei mais se sanidade.
Eu te amo. Acorda que não tem comida. Que já vem o banho.
São 33 horas. São 24 horas. São São Paulo, meu amor.
Tenho balas. Já não tenho mais algumas. Puxa o lençol.
São sete da manhã. São 87 horas. São 60 horas.
Tem amigos denovo. Lá fora não sei aqui dentro. Eu te amava.
São 4 horas. São 44 horas. São 94 horas.
Dorme que já já acaba. Acorda que não tem mais nada. Tem água gelada.
São 18 horas. São 100 horas. São horas que já por fim.
Tem barulho lá fora. Tem gente aqui dentro. Dorme bem.

(http://noticias.uol.com.br/ultnot/agencia/2008/10/17/ult4469u32045.jhtm)

Wednesday, October 15, 2008

Chá gelado.

Não há futilidade cultural, tudo é um resquício de si. Há no homem a capacidade de controlar seus ventos? É como pseudoapaixonar-se por ela numa discussão sobre freud.

A fruta só amadurece e cai quando já não tem a senha de acesso ao resto da árvore. É a sucessão de leite, água, café, cigarros, tônica, gin, seletos whiskys... ligados. A corrida entre as aeromoças pelo destino.

As luzes que piscam no frenesi de uma lavanderia. O cuidado de ter na gaveta tudo que já fomentou uma chama.

Sunday, October 12, 2008

Amargo.

As baratas invadiram o arquivo de lembranças e súbitas destruiram documentos. Morderam pedaços das cabeças das percepções. Só no amargo se aprende.

Levaram os sabores que tornavam, as coisas saborosas, sentimentais. Propuseram uma reflexão sobre os males que o doce faria. O incomodo do peso da novidade dissaboraria as ilusões.

Como um antídoto. Como se as baratas nunca tivessem passado ali. Só se registra a segunda das reflexões.