Enconstado na parede, assistia o desdém que o sorriso dela tinha pelo mundo. Passeava por entre as pessoas e, segura de si, lhe pediu um cigarro. Lamentou quieto antes de dizer que não fumava, e não se fez de rogada em deixar o vício bobo de lado. Uma sincera expressão dócil e os olhos deles acenderam as velhas lamparinas que sempre soube que dela eram.As pessoas, como as cervejas e os cigarros em volta mal atingiam seus sentidos. Era agradável só perceê-la. Um tímido gole fez molhar-lhe a secura da boca sem fugir os olhos. Os cabelos já não mais coloridos dela sentiam o vento e sem pausa as coisas encaixavam-se. Experimentou tocar-lhe só com o pensamento, e logo deslizou as costas da mão nas faces enrubrecidas.
Não ousou desviar momento sequer seus olhos. Em pouco tempo, as mãos percorreram as costas e o abraço cauteloso e confortável fizeram-lhes acreditar que amanhã acordariam sorrindo.

