Wednesday, January 24, 2007

Mais uma taça.


Tinha vontade de vinho. Trocaria seu sangue por ele se possível, devia valer ao menos um Bolla, e como uma garrafa seria pouco, trocava também seu terno e seus sapatos. Não existia razão concreta, a costura de seu mundo o deixava puto. Via erro em tudo, consumido então por um fracasso parcial que cegara qualquer outra aspiração. Coisas pequenas, leves toques, queimavam forte. Implorava piedosamente que se colocassem em seu lugar de verdade, cansou das situações invertidas serem palcos de dramas e o seu, comédias pastelonas. A hipocresia e as farpas saturaram, e não estava disposto a receber vis afagos. Enquanto não concluia onde encontrar seu vinho, fumou o nono cigarro.

3 comments:

Anonymous said...

Fantásticos os teus textos, Pracchia. Parabéns pelo blog.

geo. said...

e o décimo há de vir.

Anonymous said...

abraça teus companheiros e finja que não estou aqui.

silenciosa.