Wednesday, January 03, 2007

Noite de verão.

O abraço selou o acordo. A partir dali, seriam cumplices em tudo. Frustrações seriam e aspirações eram agora assuntos corriqueiros como a falta de café ou o filme da televisão. Esse modo de pensar banal, de ser apenas por não ser nada, era testemunhado pelas maduras paredes brancas descascadas no rodapé e pela poeira de alguns cantos da casa. Foram construidos enormes arranha-céus e mesmo assim se pode ver a lua dentro do quarto. A paella de sentimentos era degustada ainda quente, para quem sabe as queimaduras ficassem na garganta. Mas perpetuar aquele dia não foi necessário quando descobriram que assim seriam todos os outros.

4 comments:

Anonymous said...

é aquele verso que eu não escrevo e sai da minha boca pelas tuas palavras.

parece uma flor, de tão lindo e tão singelo.

e é engraçado como eu tão pequena, me faço grande por ter dito o verso e só você ter ouvido.


um beijo.

Anonymous said...

assim seriam todos os outros dias e todos as outras pessoas poderiam ter a felicidade de ter todo dia tudo isso, que não é nada mas é mais valioso do que tudo.

sabe?

beijo pedrosco

Anonymous said...

hooper \o/

Anonymous said...

ADOREI A HISTÓRIA, CURTA E OBJETIVA NA CONTRUÇÃO DO CLIMA ...