Sunday, December 17, 2006

E.. se foi.


No caminho escreveu-lhe uma carta. Dizia ali tudo que nunca disse, de forma que nunca disse. O percurso sempre vazio estava cheio, domingo de manhã. Os vintes minutos tardaram a passar, cada estação do metro parecia uma cidade diferente. Prometera uma ligação à ela logo cedo para um boa viagem, mas decidiu por aparecer lá e fazer-lhe surpresa. Chegou afoito, e percorreu toda a rodoviária, quem sabe ela já não estaria por lá. Resolveu então ligar, e a voz que atendia dizia sempre a mesma coisa de após o sinal. Sentou encostado na parede em frente as companhias que vendem bilhetes de ônibus que vão ao Rio de Janeiro quando o sol só tocava a ponta dos seus pés e acendeu um cigarro. Quando levantou o sol já cobria toda a parede, o ponteiro menor do relógio já passava das 11 e as bitucas dos vinte cigarros do maço lotavam os 3 copos de café. E nada dela.

6 comments:

Anonymous said...

às 8 da manhã, liga para seu amigo e conta a jornada matinal desse desabitual e esperançoso domingo.
Amigo na qual estava ciente da dia até a rodoviária. E que lhe desejouuma boa sorte.

Anonymous said...

Vou fazer um blog mlkkkkkk
em breve
hauhauahua

Anonymous said...

A ansiedade da perda...
Infelizmente a vida não é como um filme "pipoca" norte-americano.

Fernanda Correia said...

É muito difícil perdermos algo que nos é caro...
O que é pior? Dizer adeus ou perder a chance de dizê-lo?

Priscila Basile said...

Achei! Rá!

a carta deve ser entregue! Sim!

E esse texto, ah meu deus! Coisa boa por demais de ler!

bjos

Unknown said...

endereçadíssimo hein.

;*